[Campo de Treinamento] Hyuugas de Kiri/Sensei: Kyo

Izachi observara seus companheiros chegarem e passarem, observara também sua prima, 6 anos mais velha, despertar o Byakugan. Achara no mínimo interessante aquele poder ocular, e ao mesmo tempo se sentia frustrado, a sensação de poder ser superado por ela era terrível. O Hyuuga então, procurou se mover para um local mais isolado na ilha, não poderia ser interrompido em seu treino, ou receber ajuda, nem de seu próprio professor, Kyo, queria fazer aquilo sozinho.
Encontrara uma pequena caverna após alguns minutos caminhando, e lá decidira treinar. O local era úmido e escuro, com sons estranhos ecoando pelo local, o que assustava Izachi. O Hyuuga depois de tudo só possuía 7 anos, e seu orgulho não o tornava tão insensível ao ponto de não sentir medo. Ainda assim, Izachi procurou engolir a seco, e prosseguiu com seu treino. Suspirou, fechando lentamente os olhos, ao mesmo tempo que juntava ambas as mãos, formando algo parecido com o selo de Cobra, exceto pelo fato do indicador direito continuar de pé.
Começava a acumular chakra em seus globos oculares, forçando as veias ao redor a dilatarem-se e despertarem sua linhagem sanguínea, entretanto, passara a sentir uma pequena e agonizante dor em seus olhos, forçando-o a parar, e pela primeira vez falhara. Passou pela sua cabeça a ideia de ir até sua prima e perguntar-lhe como fizera para despertar seu Byakugan, mas rapidamente descartou a ideia. deu um longo suspiro, e ainda de olhos fechados, voltou a tentar.
Começara a enviar chakra aos seu globos oculares, como da outra vez, forçando as veias a se dilatarem. Dessa vez não houve dor, e sua visão parecia ter de fato, mudado, teria Izachi despertado o Byakugan? Abrira os olhos, e vira as coisas agora de forma diferente, a caverna que antes era tão escura agora lhe parecia tão clara, mas não pudera se alegrar por muito tempo. A dor de antes voltara, mais intensa do que antes, o Hyuuga não teve outra escolha a não ser parar mais uma vez.
Sentara no solo úmido, não tinha mais forças para continuar de pé. Moveu-se com alguma dificuldade para a parede a direita. – Droga! –  O Hyuuga exclamou, cobrindo os olhos com as mãos, uma lágrima escorreu por seu rosto, mas se tratou de limpá-la imediatamente. Fizera o selo mais uma vez, e fechou os olhos, não iria falhar dessa vez. Acumulou chakra mais uma vez, de maneira mais moderada para evitar a dor, dilatou as veias ao redor do olho, e dessa vez, a pupila também, mas não conseguiu manter ativo por muito tempo.
Sua frustração talvez o estivesse cegando mais que sua dor, o Hyuuga se levantara, ainda tomado pela raiva e decidira caminhar pela caverna enquanto tentava imaginar o porquê do fracasso. A medida que caminhava, ia suspirando cada vez menos, tentando manter-se calmo, e finalmente descobrira a fonte do estranho som de antes. Havia uma cachoeira dentro da caverna, formando um lago logo abaixo. Izachi prendeu seus olhos no lago, percebendo algo dentro deste, e se maravilhou com o que encontrou.
Peixinhos dourados, vários deles nadando pelo rio. Izachi ficara observando-o por alguns minutos, até conseguir forças para continuar de onde havia parado. O rapaz sentou-se na beira do rio, juntando as mãos uma vez mais com o sinal de cobra, mantendo o indicador direito de pé, e novamente acumulava chakra em seus globos oculares. Dera um suspiro fundo, percebendo que seus olhos começavam a reagir ao chakra, as pupilas se dilatavam e as veias ao redor dos olhos também.
Lentamente, abria os olhos, procurando estabilizar o fluxo de chakra. E ao tê-los totalmente aberto, pôde sentir a diferença, sua visão agora parecia não ter limites, era como se tivesse sido vendado a sua vida inteira e só agora retirado a venda. Pôde também acompanhar o movimento da água que descia rapidamente da cachoeira. Izachi dera um sorriso, levantando-se do chão. Pegou impulso e logo saiu disparado pela caverna, ansioso para continuar a treinar.

Já fora da caverna, o Hyuuga pegara mais impulso para chegar rapidamente ao palácio, havia sido chamado lá por motivos que o mesmo desconhecia.